sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Continuar casado?




Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.



Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.



Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.



Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.



O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo.





Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.



Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?



Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?





Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.



Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.





Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.



Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.





Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.



Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto.





Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.



Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.










Reinvenção



A vida só é possível


reinventada.



Anda o sol pelas campinas

e passeia a mão dourada

pelas águas, pelas folhas. . .

Ah! tudo bolhas

que vêm de fundas piscinas

de ilusionismo... – mais nada.



Mas a vida, a vida, a vida,

a vida só é possível

reinventada.



Vem a lua, vem, retira

as algemas dos meus braços.

Projeto-me por espaços

cheios da tua Figura.

Tudo mentira! Mentira

da lua, na noite escura.



Não te encontro, não te alcança...

Só - no tempo equilibrada,

desprendo-me do balanço

que além do tempo me leva.

Só - na trevas

fico: recebida e dada.



Porque a vida, a vida, a vida,

a vida só é possível

reinventada.



Cecília Meireles in Flor de poemas






Não se esqueça de mim


Nana Caymi - Não se esqueça de mim



Onde você estiver, não se esqueça de mim

Com quem você estiver não se esqueça de mim

Eu quero apenas estar no seu pensamento

Por um momento pensar que você pensa em mim

Onde você estiver, não se esqueça de mim

Mesmo que exista outro amor que te faça feliz

Se resta, em sua lembrança, um pouco do muito que eu

te quis

Onde você estiver, não se esqueça de mim

Eu quero apenas estar no seu pensamento

Por um momento pensar que você pensa em mim

Onde você estiver, não se esqueça de mim

Quando você se lembrar não se esqueça que eu

Que eu não consigo apagar você da minha vida

Onde você estiver não se esqueça de mim



(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)







Rifa-se um coração






Rifa-se um coração quase novo.

Um coração idealista.

Um coração como poucos.

Um coração à moda antiga.

Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.



Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.

Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.

Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...

"não quero dinheiro,eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".

Um idealista...

Um verdadeiro sonhador...



Rifa-se um coração que nunca aprende.

Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,

sendo simples e natural.

Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.

Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.



Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.

Esse coração que erra, briga, se expõe.

Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.

Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.

Este coração tantas vezes incompreendido.

Tantas vezes provocado.

Tantas vezes impulsivo.



Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.

Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.

Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida

matando o tempo, defendendo-se das emoções.



Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.

Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:

" O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".



Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.

Um órgão mais fiel ao seu usuário.

Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.

Um coração que não seja tão inconseqüente.



Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.

Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais,

por não querer perder o estilo.



Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.

Um simples coração humano.

Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.

Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.



Não sei se a autoria é Clarice Lispector ou Ricardo Labat. Os dois constam no Google.
 
 
 



Fechando círculos







"É preciso saber sempre quando se acaba uma etapa da vida.





Se insistirmos em permanecer nela, depois do tempo necessário, perderemos a alegria e o sentido do resto.





Fechando círculos, fechando portas ou fechando capítulos,como queiram chamar, o importante é poder fechá-los,deixar ir momentos da vida que vão se enclausurando.





Terminou seu trabalho? Acabou a relação? Já não mora mais nessa casa? Deve viajar?





Você pode passar muito tempo do seu presente dando voltas ao passado, tentando modificá-lo...





O desgaste será infinito,porque na vida, você, seus amigos, filhos, irmãos,todos estamos destinados a fechar capítulos,virar páginas, terminar etapas ou momentos da vida,e seguir adiante.





Não podemos estar no presente sentindo falta do passado.O que aconteceu, aconteceu.Não podemos ser filhos para sempre, nem adolescentes eternos, nem empregados de empresas inexistentes,nem ter vínculos com quem não quer estar vinculado a nós.





Os acontecimentos passam e temos que deixá-los ir!





Por isso, às vezes é tão importante esquecer de lembrar,trocar de casa, rasgar papéis, jogar fora presentes desbotados, dar ou vender livros...





As mudanças externas podem simbolizar processos interiores de superação.Deixar ir, soltar, desprender-se...Na vida ninguém joga com cartas marcadas,e tem que aprender a perder e a ganhar.





O passado passou: não espere que o devolvam.Também não espere reconhecimento,ou que saibam quem você é.





A vida segue para frente, nunca para trás.Se você anda pela vida deixando portas abertas nunca poderá desprender-se, nem viver o hoje com satisfação.





Namoros ou amizades que não se fecham,possibilidades de regresso a quê?





Necessidade de esclarecimentos,palavras que não foram ditas, silêncios...





Se você pode enfrentá-los agora, que o faça!Não por orgulho ou soberba,mas porque você já não se encaixa ali,naquele lugar, naquele coração, naquela casa,naquele escritório, naquele cargo...





Você já não é o(a) mesmo(a) que foi há dois dias,há três anos, há uma década... portanto,nada tem que voltar.

Feche a porta, vire a página, feche o círculo!Você nunca será o mesmo,nem o mundo à sua volta, porque a vida não é estática.





É para sua saúde mental, é ter amor por você mesmo,desprender-se do que já não está em sua vida.





Lembre-se de que nada, nem ninguém, é indispensável.





É um trabalho pessoal aprender a viver com o que dói, deixar-se ir. É processo de aprender a desprender-se.E isso ajudará definitivamente a seguir para frente com tranquilidade.





Essa é a vida!"









Relacionamentos



Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- 'Ah, terminei o namoro... '

- 'Nossa, quanto tempo?'

- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'

- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Se não bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,
recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que seria fácil?

Arnaldo Jabor




Amor à distância


Distâncias...as circunstâncias podem variar, ora é o MBA dela, ora o trabalho dele, ora o sonho dela, ora a oportunidade dele...eles se encontram na web, pelo telefone, no meio do caminho...sim, os jeitos, as cores, os tons mudam, mas cada vez mais casais estão tentando viver seu amor à distância e, sem ser bom nem ruim, isso, é, no entanto, um tremendo desafio...



De uns anos para cá, o número de mulheres envolvidas em relações à distância só faz aumentar. Hoje, segundo a revista Pink, dois milhões de mulheres americanas vivem relações deste tipo, sendo que a metade delas é casada.



Nem faz tanto tempo assim, há, digamos, 20 anos, a cena clássica seria: ela ali, de pé, no portão de embarque, despedindo-se dele que parte em busca da promoção em outra cidade ou do mestrado em outro país. Um dia, com certeza, ele viria buscá-la, montado num cavalo branco e lá iria a moça alegremente cumprir seu destino feminino e acompanhá-lo rumo ao final feliz e “até que a morte nos separe”...O que foi mesmo que aconteceu?



Nós mudamos, e muito...junto com os sutiãs das primeiras feministas e junto com as infindáveis regras e convenções que pautavam a vida dos nossos pais e avós, resolvemos jogar fora também as respostas fáceis, os caminhos já trilhados, as certezas...



Nem é o caso de discutir se tínhamos ou não nos dado conta de que afinal certezas podem ser bem confortáveis, a gente nem precisa pensar muito, tudo está aí dado, a nós cabe apenas cumprir o papel que nos foi designado ao nascer...sociedades e culturas tradicionais funcionam assim, à base de “sempre foi deste jeito”, “é assim que deve ser”, “nós sempre nos comportamos desta forma”, “é assim que fazemos, desde o início dos tempos”.... quando a gente está mergulhado nas crenças coletivas assim de um jeito tão poderoso, as vidas individuais vêm com manual de instruções e todo mundo sempre sabe o que fazer, é como uma dança de roda, dança de todos, com passos marcados pela eternidade e a tradição...



Mudamos, sim, mandamos as regras para o espaço e assim, despidas, “sem lenço nem documento”, feito na música, nos lançamos de cabeça na construção de novas formas de amar. Afinal, por que não? É claro, precisamos ampliar algumas fantasias – dividir uma casinha com jardim é mesmo tãããõ romântico, mas encontros com data marcada, quartos de hotel ou longos e-mails ajudam a criar um clima de aventura que faz muito bem obrigada para qualquer relação amorosa... também há que se munir de coragem para improvisar, de toneladas de tolerância e de um jeito novo de entender as razões do outro, adeus papéis, vamos reinventar tudo!



Sobretudo, é bom abrir mão de frases feitas como “ciúme é alimento do amor”, “mulher é isso, homem é aquilo”, “família tem que ser assim ou assado”, na hora H, importante mesmo é conseguir relativizar a ansiedade em relação ao tempo, fazer cada minuto contar por muitos e construir a intimidade da forma possível.



Segundo Gregory Guldner, terapeuta e autor do livro Long Distance Relationships: a complete guide, o grande desafio dos casais que não moram na mesma cidade é esse mesmo: intimidade. Veja os conselhos que ele dá para quem mora longe e, mesmo assim quer ousar viver um grande amor:



Seja otimista. Os estudos mostram que as chances da relação dar certo são mais ou menos as mesmas, de perto ou de longe e os números relacionados à infidelidade também são os mesmos, na prática, isso quer dizer: não acredite quando lhe disserem que “isso nunca vai funcionar”, funciona sim, depende de vocês, mas qualquer relação não depende de nós?



Compartilhe as pequenas coisas. Muitas vezes a gente acha que de longe, só os “grandes temas” merecem ser discutidos. Errado. A intimidade nasce das miudezas do cotidiano. O que você comeu no almoço, o outdoor que viu na rua, o gosto da nova marca de café, tudo isso ajuda a criar e a preservar os vínculos...



Use a abuse da tecnologia. Em tempos de Skype, IM, fotos digitais pra lá e para cá, blogs e fotologs não dá para reclamar de falta de oportunidade de estar “em contato”. As pesquisas do dr. Guldner indicam que casais que se escrevem muito têm mais chances de permanecer “ligados”...



Mas cuidado com as armadilhas da voz. Eventualmente, mesmo casais que vivem longe um do outro vão brigar. Nesta hora, lembrem-se que pelo telefone é mais difícil resolver diferenças e as discussões podem terminar numa espécie de “vácuo” de comunicação. Vale aqui o que vale para todos os casais criem regras para as conversas “sérias”, sejam bem específicos quanto aos combinados e exercitem a tolerância: vale ou não convidar alguém do sexo oposto para jantar? E ir ao cinema? Ter medo de conversar sobre assuntos “ameaçadores” para a relação, como os limites para a infidelidade, por exemplo, pode ser desastroso. O dr. Guldner adverte que 30% dos casais que colocaram na pauta de discussões as regras fundamentais tiveram problemas, mas 70% dos casais que evitaram estas conversas acabaram se afastando.



Não se isole. Solidão não faz bem e ponto. É justamente nestes momentos que os amigos são mais preciosos. Ninguém quer sair? Vá sozinha, invente pretextos, um curso de culinária tailandesa, trabalhar algumas horas por semana numa creche, assistir todos os filmes que vão concorrer ao Oscar, enfim....tudo vira motivo de conversa entre vocês e, além disso, ajuda a exorcizar aquelas idéias malvadas que a gente tem quando está com saudades...

Adilia Belotti





Por que você ama quem você ama?

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.



O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.



Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.



Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.



Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.



Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?



Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!



Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida

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